Os meios de transporte público são aqueles gerenciados por empresas públicas ou privadas e portanto não pertencem aos usuários. O governo pode realizar o gerenciamento desse meio de transporte ou dar concessão para que outras empresas cuidem do serviço, a fim de que o cidadão possa usufruir dele.
Os meios de transporte público podem ser classificados em individuais (táxi e bicicletas alugadas) ou coletivos (ônibus municipal, intermunicipal, metrô, trem, etc.).
O transporte público coletivo não é uma mercadoria, onde se pode determinar um valor qualquer, mas ele deve ter um valor que respeite a população, pois se trata de um direito dos cidadãos que deve ser sempre cobrado pela sociedade, a fim de que o Estado realize melhorias.
O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) afirma que um trânsito seguro é um direito da população e é responsabilidade dos órgãos e entidades do Sistema Nacional de Trânsito promover e implantar medidas para garantia desse direito.
Para solucionar o problema dos engarrafamentos, algumas ações simples podem ser adotadas:
O Brasil enfrenta um problema de norte a sul: o transporte público ineficiente. Há vários motivos para que esse setor tenha chegado ao caos, tais como:
A porcentagem de pessoas que vivem nas cidades hoje, no Brasil, é de aproximadamente 90%. Isso significa grande fluxo de passageiros dentro das áreas urbanas. Nas regiões mais desenvolvidas, sul e sudeste, os automóveis tornaram-se uma opção mais agradável por causa dos inúmeros problemas dos coletivos. Com o aumento dos carros, o trânsito se tornou mais lento, o que é um outro problema grave.
O transporte rodoviário é o predominante no Brasil e com o transporte público não é diferente. Em muitas cidades, os metrôs atendem a uma parcela muito pequena, não existem vagões suficientes e as linhas não chegam a todas as partes. A inovação seria uma boa solução, implantar novos transportes como os VLTs (veículo leve sobre trilhos) e VLPs (veículo leve sobre pneus). Tudo para que os ônibus não sejam a principal opção, já que não podem atender sozinhos a grande demanda.
É de responsabilidade do poder público realizar a construção de vias, terminais, organização das linhas e horários de ônibus, implantar os pontos de parada, regular as tarifas e fiscalizar as empresas responsáveis pela operação do sistema.
Já as empresas de ônibus são responsáveis por conservar os carros, respeitar as leis de segurança, realizar a contratação e capacitação dos funcionários, cumprir as ordens da prefeitura e atender os passageiros com qualidade.
Os passageiros também tem o seu papel, pois devem respeitar uns aos outros, cuidar do estado do transporte, pagar o valor cobrado pela tarifa e denunciar atos de vandalismo.
O maior empecilho para se locomover nos grandes centros urbanos é o congestionamento. Eles podem ser causados pela quantidade exorbitante de automóveis que circula nas cidades todos os dias. Eles causam quilômetros de trânsito lento ou parado, principalmente nos horários de rush.
Acidentes, problemas técnicos e forças naturais (chuvas, tempestades, nevascas) também podem piorar o tráfego, diminuindo o fluxo de carros e aumentando o tempo que milhares de motoristas ficam no trânsito. A velocidade baixa dos carros pode causar superaquecimento dos motores e diminuir o tempo útil deles.
A produtividade dos trabalhadores tende a diminuir, se eles ficam mais tempo para ir e voltar do trabalho, o nível de estresse e de atrasos é muito grande, o que prejudica muito a economia do país.
As greves de ônibus atingem todo o país e geralmente são causadas pelas revindicações feitas pelos motoristas das empresas em busca de melhores condições de trabalho, salários e outros benefícios. De outro lado, quando ocorrem as paralisações, a população fica refém delas, pois muitos não conseguem trabalhar utilizando o transporte coletivo. Muitos ônibus irregulares cobram valores altos para transportar os passageiros e há um aumento do número de carros e de pessoas no metrô.
A mobilidade urbana possui um conceito amplo e é um dos grandes desafios para o planejamento das cidades atuais. Através dela, são formuladas políticas de transporte e circulação que tem o objetivo de oferecer à população e ao transporte de carga um acesso de qualidade aos diversos espaços urbanos. Isso é feito através da prioridade que pode ser dada ao transporte coletivo e não motorizados (são meios de transporte que utilizam tração animal ou esforço humano para seu funcionamento).
A Política Nacional de Mobilidade Urbana (PNMU), lei 12.587/12, tem o papel de dar um incentivo ao transporte coletivo público nas cidades, desestimulando o uso do automóvel individual e melhorando a acessibilidade e mobilidade de pessoas e cargas no Brasil, além de trazer um desenvolvimento sustentável para as cidades. Para a aprovação da PNMU foi realizada uma longa discussão no Congresso, iniciada em 1995, através do projeto de lei PL 1.687/07. Através do plano cada cidade com mais de 20 mil habitantes teria o prazo de três anos para apresentar um plano de mobilidade urbana, caso contrário, a cidade não receberia recursos federais destinados a essa área.
Em 2014, ano da Copa do Mundo, o Brasil teve que se preparar para receber turistas de várias partes do mundo e por isso foi necessária uma reformulação no sistema de transporte público. Assim, as 12 cidades-sedes assinaram em 2010 um compromisso garantindo a conclusão de diversas obras relacionadas a mobilidade, principalmente, sobre transporte público. Inclusive, algumas cidades como Rio de Janeiro, fizeram a implantação do Transporte Rápido de Ônibus (BRT), que faz a integração com várias regiões de uma cidade para tornar o trânsito para os turistas e a população acessível durante os jogos. Além disso, houve a implantação dos corredores de ônibus, novas estações, dentre outras obras previstas para conclusão após 2015.
Os ônibus são os tipos de transportes coletivos mais utilizados pela população. No Brasil, existem os municipais que tem um itinerário específico, circulando por determinados bairros e regiões de uma cidade. Geralmente, quem administra esse transporte são empresas privadas, supervisionadas por órgãos do governo (SPTrans, DFTrans, etc.) que são autarquias ligadas a Secretaria de Transportes. Os intermunicipais circulam para o interior de cidades. Já os Interestaduais levam os passageiros a diferentes estados.
Traduzido para o português como Transporte Rápido por Ônibus é um sistema de transporte coletivo com ônibus confortável que possibilita uma rápida mobilidade urbana para os passageiros através de uma faixa exclusiva para o transporte. O sistema surgiu em 1974, criado por Jaime Lerner, um arquiteto e ex-prefeito de Curitiba, junto com ele outros projetos sociais surgiram como espaços verdes e áreas para pedestres.
O metrô é um meio de transporte público coletivo que pode transportar uma grande quantidade de usuários de forma rápida. É um serviço importante e sua manutenção/serviços devem ser realizados com prioridade. Para seu uso, existem regras que devem ser seguidas por seus usuários tais como:
Algumas cidades que utilizam metrô no Brasil estão Brasília, Belo Horizonte, Fortaleza, Salvador, São Paulo e Rio de Janeiro.
O trem é um dos meios de transporte importantes em regiões metropolitanas, devido a sua capacidade de transportar um quantidade grande de passageiros, em curto período de tempo. Geralmente, as regras de uso são as mesmas para ingressar no metrô.
O táxi é um tipo de transporte público de uso individual, em que os motoristas cobram uma tarifa de acordo com o taxímetro que calcula o valor conforme a distância e tempo gasto em um trajeto.
Além de coletivo, também é um meio de transporte alternativo. Através do sistema de bicicletas alugadas, os usuários podem ter mais conforto sem precisar levar a bicicleta para todos os lugares. O usuário paga um valor e a utiliza em um tempo específico de acordo com o serviço.
É um transporte que funciona sobre trilhos e tem as mesmas características dos antigos bondes, só que mais tecnológicos, confortáveis e econômicos.
O município de Curitiba (PR) é conhecido como o que tem melhor sistema de transporte público do país. Foi um dos primeiros a fazer inovações como a do transporte integrado, que permite aos cidadãos deslocarem-se por toda a cidade com uma única passagem.
Os projetos fazem parte de um projeto de priorização da mobilidade, facilitando o direito de ir e vir tanto da população mais pobre, quanto dos mais favorecidos. Foi pensando também na questão ambiental e na organização urbana e desenvolvimento da cidade que ele foi posto em prática.
As canaletas construídas para circulação dos ônibus, a disponibilidade de veículos com grande capacidade de passageiros e os diversos tipos de linhas existentes para atender as necessidades da população, são fatores que diferenciam um transporte público de qualidade.
Tóquio é a capital do Japão com uma das maiores populações. Assim, seu sistema de transporte público é bem completo e avançado com a possibilidade de se locomover através de balsa, metrô, ônibus, BRTs e VLTs. Cerca de oito milhões de pessoas utilizam o transporte público diariamente.
O sistema de transporte público em Nova York é bem eficiente, além de funcionarem 24 horas por dia. Possui ônibus, metrô, balsas, bicicletas e faixa exclusiva para pedestres.
Com um dos mais antigos metrôs do mundo que começou suas operações em 1893, Londres possui cerca de 268 estações, uma ampla rede de trens na superfície, bondes suburbanos e ônibus.
Usar o metrô é muito comum na cidade, pois existem diversas estações, além de possuir integração com trens, ônibus e ter um sistema de ciclovias para complementar o trajeto.
Caracterizado por ter um dos sistemas mais pontuais do mundo, o sistema de transporte popular da Rússia é o ferroviário. Sendo muito eficiente, pode ter cerca de 40 trens circulando por hora.