O transporte de cargas é muito importante para a movimentação da economia mundial. Por isso, as empresas precisam investir em uma logística eficiente para atender as demandas do mercado global. As diversas formas de transportar produtos e serviços para melhor atender ao consumidor podem despertar a competitividade, mantendo a economia em movimento.
A globalização facilitou muito esse processo. Com a constante queda das fronteiras no mundo, os transportes de mercadorias tiveram que ficar mais rápidos, eficientes e baratos. O transporte a ser usado tem que atender à necessidade do consumidor, superar a distância e utilizar o meio mais conveniente.
Com relação as vantagens e desvantagens do transporte de carga, esses requisitos irão variar de acordo com o tipo de meio de transporte escolhido para a realização do transporte da mercadoria.
No transporte de mercadoria, pode-se usar os transportes básicos: rodoviário, ferroviário, hidroviário, aeroviário.
O rodoviário é o mais utilizado no Brasil, sendo o país um dos mais dependentes desse tipo de transporte para a carga. Nele, há mais facilidade de se chegar a maior parte do território nacional; porém, enfrentam-se ainda problemas como falta de conservação da infraestrutura (estradas esburacadas, placas de sinalização depredadas, etc.) e segurança precária. Fatores que determinam a demora nos prazos e até mesmo encarecem o frete. Os responsáveis por esse transporte são os caminhoneiros que levam os produtos e chegam em locais que outros meios de transporte não conseguem chegar.
O transporte rodoviário é um dos mais antigos do Brasil e também um dos que mais sofrem roubos de carga. Esses roubos são provocados por quadrilhas que atuam no local, gerando graves prejuízos às empresas, consumidores, seguradora, transportadoras, produtores, governo, dentre outros. As penas leves e a facilidade para interceptar a carga são fatores que contribuem para o aumento dos roubos. As principais estradas atacadas por essas quadrilhas são as dos estados do Rio de Janeiro e São Paulo.
A malha rodoviária apresenta um dos fatores de insegurança nas vias para o transporte de cargas, pois muitas delas estão em estado ruim, com sinalização inadequada, deformidades e buracos nas estradas. Os caminhoneiros precisam ter cuidados redobrados com esses problemas, pois muitos veículos correm o risco de tombamento, principalmente se as cargas forem colocadas de forma incorreta ou para veículos muito pesados.
A presidenta Dilma Rouseff, sancionou a lei em benefício do caminhoneiro no dia 02 de março de 2015, que trata sobre a atividade de motorista profissional, define jornada de trabalho, seguro acidente, tempo de descanso, repouso, formação e atendimento de saúde. Dentre os destaques da lei estão a criação de novos espaços para parada dos caminhoneiros, a gratuidade por eixo suspenso para caminhões vazios, o perdão de multas por excesso de peso nos últimos dois anos, além disso, quem se responsabilizará pelo excesso de peso serão os que contrataram a carga e não os motoristas. A nova lei surgiu em meio a um protesto feito por caminhoneiros no Brasil.
O Departamento Nacional de Infraestrutura (DNIT) é uma autarquia federal, vinculada ao Ministério dos Transportes, responsável pela operação, manutenção, restauração e a maioria dos projetos de transporte em ferrovias, rodovias federais e vias navegáveis.
As cargas são tipos de mercadorias inseridas em embalagens específicas para serem transportadas. Assim, as cargas são transportadas de acordo com a sua natureza que podem ser:
Tipo de carga que deve ser inserida em uma embalagem específica ou por unitização (quando são colocadas juntas em recipientes como pallets, barris, containers, dentre outros.), com marca para identificação e contagem de unidades. Assim, elas podem ser classificadas em soltas, que possuem forma e dimensões determinadas, como fardos, caixas de papelão e madeira, tambores, sacarias, etc. E, também unitizada, que é aquela com materiais que podem estar embalados ou não e prontos para a sua movimentação e armazenamento.
Tipo de carga líquida (petróleo) ou seca (trigo) que podem ser embarcadas e transportadas sem acondicionamento, marca de identificação e contagem de unidades. As líquidas são transportadas em veículos próprios com tanque ou cisternas ideais para armazenamento do produto. Já as secas são transportadas em carrocerias adequadas para o carregamento.
São cargas que precisam de refrigeração ou local para congelamento, de forma que as qualidades do produto sejam mantidas durante o transporte. Um exemplo disso são carnes, frutos do mar, frutas frescas, dentre outros.
São cargas que por causa de sua constituição podem causar acidentes e prejuízos a outras cargas ou colocar em risco a vida daqueles que estão em contato com elas. Elas são divididas de acordo com as recomendações para o Transporte de Produtos Perigosos das Nações Unidas como explosivos, gases, líquidos inflamáveis, substâncias oxidantes, sólidos inflamáveis, substâncias venenosas, infectantes, corrosivos, materiais radioativos e outras substâncias perigosas variadas.
O transporte ferroviário de carga acontece por meio das linhas férreas. No Brasil, as ferrovias são pouco utilizadas, e sua utilização concentra-se nas regiões sul e sudeste, especialmente para transporte de cargas. Elas são utilizadas para transportar grandes cargas, como grãos, combustíveis e minérios. Esse meio de transporte não é tão rápido e apresenta custos elevados.
É um dos eixos ferroviários muito importantes no Brasil. É usado para transportar mercadorias de forma mais fácil para todo o país. A sua construção começou na década de 1980, a partir da Estrada de Ferro Carajás - EFC. No início foi criada apenas para atravessar os estados de Tocantins, Goiás e Maranhão. Com a aprovação da Lei nº 11.772, de 17 de setembro de 2008 foram inseridos os trechos de Barcarena (Pará), a Açailândia (Maranhão) e de Ouro Verde (Goiás) a Panorama (São Paulo). A sua construção foi viabilizada depois que entrou para o PAC.
O transporte hidroviário e marítimo, por sua vez, tem capacidade superior à da maioria. Pode atravessar o oceano carregando produtos em navios cargueiros, que o avião não é capaz de levar. Além disso, é possível abastecer lugares mais isolados através de barco, onde não se poderia chegar por outros meios.
Os aviões são os grandes facilitadores do comércio internacional. Nos últimos anos, os custos não têm sido muito altos: a velocidade com que trabalha, agiliza o comércio, aumenta a competitividade e facilita a circulação das mercadorias. É recomendável para o envio de mercadorias de alto valor, de urgência ou de pequenos objetos.
O transporte internacional de cargas utiliza o transporte aéreo ou marítimo e também o rodoviário para que o produto chegue até o seu destino. Geralmente, as empresas fazem parcerias com grandes transportadores e a carga é levada para outras partes do mundo. As cargas podem ser entregues de forma urgente, expressas (24 horas) ou convencionais (48 a 72 horas). Nesse tipo de transporte de mercadorias, existem casos em que o consumidor deverá pagar a taxa alfandegária.
Taxa Alfandegária
A taxa alfandegária é um imposto cobrado pelo governo dos países sobre produtos exportados e importados. Através da alfândega, que é um órgão presente em todos os países (nos aeroportos, portos ou fronteiras), é feito o controle, registro e cobranças de importação e exportação das mercadorias.
No Brasil, os principais tributos de produtos internacionais são: Imposto de Importação (II), Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). A taxa só não é cobrada quando o valor do produto for até US$ 50,00 dólares, enviados por meio de serviço postal, nos casos em que remetente e destinatário são pessoas físicas; no envio de medicamentos por serviço postal que são entregues a pessoa física e apresentação da receita médica para liberação do medicamento pelo Ministério da Saúde; e, no caso de livros, jornais e periódicos impressos.